terça-feira, 24 de agosto de 2021

Como se faz fermento natural


 

Como se faz fermento biológico

 


terça-feira, 17 de agosto de 2021

Anexos embrionários

 

Os anexos embrionários são estruturas formadas a partir dos folhetos germinativos que não fazem parte do corpo do embrião.



Os anexos embrionários são estruturas membranosas extraembrionárias que surgem durante o desenvolvimento embrionário de alguns animais vertebrados a partir dos folhetos germinativos. Existem quatro tipos principais de anexos embrionários: o saco vitelínico, o âmnio, o alantoide e o cório.

O saco vitelínico é uma estrutura formada a partir do mesoderma e endoderma, que envolve o vitelo, participando, assim, do processo de nutrição do animal em desenvolvimento. Essa membrana é a primeira a ser formada e está ligada diretamente ao intestino do embrião. Apresenta-se bem desenvolvida em peixes, répteis e aves, entretanto é reduzida em mamíferos, nos quais a placenta assume a função de nutrição. Nos peixes, apresenta-se como o único anexo embrionário presente; e, em anfíbios, não é observado, uma vez que o vitelo encontra-se no interior de células chamadas de macrômeros.

O âmnio é uma membrana formada a partir do ectoderma e mesoderma que envolve o embrião de répteis, aves e mamíferos. Ele delimita a chamada cavidade amniótica, a qual apresenta em seu interior o líquido amniótico. Este possui como principais funções proteger o embrião contra choques mecânicos e evitar a sua desidratação. Os animais que possuem essa estrutura são chamados de amniotas, e os que não possuem, de anamniotas. Nos mamíferos, a estrutura é conhecida popularmente como bolsa d'água.

 O cório, também chamado de serosa, é uma membrana formada a partir do mesoderma e ectoderma que recobre todo o embrião e os outros anexos embrionários. Em répteis e aves, ela está localizada logo abaixo da casca do ovo e atua, junto ao alantoide, nas trocas gasosas, além de proteger o embrião. Nos mamíferos, essa estrutura origina a placenta.

 O alantoide está presente em répteis, aves e mamíferos, sendo formado a partir do mesoderma e endoderma. É uma membrana que está relacionada com as trocas gasosas. Em répteis e aves, ele armazena o produto da excreção do embrião, retira parte do cálcio da casca e transfere-o para o esqueleto do animal em formação. Em mamíferos, apresenta-se pouco desenvolvido, uma vez que a placenta é responsável por desempenhar o papel dessa estrutura.

 A placenta também é um anexo embrionário, entretanto, essa estrutura é exclusiva dos mamíferos, sendo formada normalmente pela interação entre o cório e o alantoide. Sua função principal é estabelecer a troca de substâncias entre a mãe e o filhote, possuindo, portanto, a função de nutrição, respiração e excreção. Além disso, a placenta também está relacionada com a produção de vários hormônios durante a gravidez. Não é encontrada nos mamíferos que botam ovos, tais como os ornitorrincos.

 A Placenta e o Cordão Umbilical?

A placenta e o cordão umbilical também são anexos embrionários, mas que estão presentes apenas nos mamíferos.

 A placenta é um órgão formado por associação entre tecidos maternos e tecidos embrionários. Ela garante a passagem de nutrientes da mãe para o feto, a troca gasosa e a remoção das excretas.

 Tudo isso através do cordão umbilical, que liga a mãe ao feto.



terça-feira, 10 de agosto de 2021

Desenvolvimento embrionário


A embriologia é uma área da biologia que estuda o desenvolvimento embrionário dos organismos vivos, ou seja, o processo de formação do embrião a partir de uma única célula, o zigoto, que originará um novo ser vivo.

Tomando como exemplo o desenvolvimento embrionário humano, as fases do desenvolvimento do novo indivíduo são:

Gametogênese
Na gametogênese são formados os gametas a partir de células especializadas chamadas células germinativas, que passam por várias mitoses e se multiplicam. Depois elas crescem e passam pela primeira divisão meiótica, formando células-filhas com a metade dos cromossomos da célula-mãe.

Nos gametas femininos a meiose é interrompida antes de se completar, originando um ovócito secundário e um corpo polar primário bem menor.




Fecundação
Após o ato sexual os espermatozoides lançados dentro do corpo feminino têm de alcançar o ovócito. Quando um espermatozoide consegue penetrar no ovócito secundário é completada a divisão meiótica e o óvulo recém-formado pode ser fertilizado. Na fecundação ocorre a cariogamia, ou seja, a fusão dos núcleos dos gametas e formação do zigoto.

Basicamente em todos os animais o desenvolvimento do embrião abrange três fases principais: segmentação (ou clivagem), gastrulação e organogênese.


Segmentação ou clivagem

Durante a clivagem as divisões mitóticas são rápidas e dão origem as células chamadas blastômeros. Diante da velocidade com que as células se dividem, o embrião apresenta aumento do número delas, mas não de tamanho.

O primeiro estágio da clivagem é a mórula, um maciço celular originado entre o terceiro e quarto dia após a fecundação. 

Na segunda e última etapa ocorre a blástula, onde as células delimitam uma cavidade interna chamada blastocele, cheia de um líquido produzido pelas próprias células.

 Até a fase de blástula as células embrionárias são chamadas de células-tronco, que podem originar todos os diferentes tipos de célula do corpo. A partir da blástula, inicia a fase de gastrulação,

Gastrulação

Na gastrulação  o embrião começa a aumentar de tamanho e surge o intestino primitivo ou arquêntero e ocorre a diferenciação dos folhetos germinativos ou embrionários. Os folhetos darão origem aos diferentes tecidos do corpo e se dividem em ectoderme, endoderme e mesoderme.

Os folhetos germinativos:

Ectoderme: dará origem a  epiderme, unhas, pelos, córnea, cartilagem e ossos da face, tecidos conjuntivos das glândulas salivares, lacrimais, timo, tireóidea e hipófise, sistema nervoso, encéfalo e neurônios, entre outros. 

Endoderme: dará origem ao pâncreas, sistema respiratório (exceto cavidades nasais), pulmões, fígado e epitélio da bexiga urinária, entre outros. 

Mesoderme: dará origem a derme da pele, músculos, cartilagens e ossos (exceto da face), medula óssea, rim, útero, coração, sangue, entre outros. 

Ao final da gastrulação, o embrião é chamado de gástrula e logo a seguir segue  para a fase de organogênese.

Organogênese

É a última fase do desenvolvimento embrionário. onde ocorre a diferenciação dos tecidos e órgãos. 

O primeiro estágio da organogênese  é a neurulação, quando há formação do tubo neural, que se diferenciará no sistema nervoso central.  Durante a neurulação, o embrião recebe o nome de nêurula. 

A organogênese termina até a oitava semana de gestação, por volta do 56º dia. Nesse período, o embrião mede cerca de 3 cm de comprimento.

Depois da nona semana até o nascimento, o indivíduo em formação passa a ser chamado de feto. O nascimento ocorre em média durante a 38ª semana de gestação



Assista o vídeo sobre Fecundação e desenvolvimento embrionário para entender melhor:





Entendendo como ocorre a Diferenciação celular

A diferenciação celular consiste em um conjunto de processos que transformam e especializam as células embrionárias. Após estas transformações, sua morfologia e fisiologia são definidas, o que as tornam capazes de realizar determinada função.

Após a fecundação, a vida do organismo inicia-se com apenas uma única célula. Nesse sentido, todas as demais células que dela se originarem pela divisão celular (mitose) terão as mesmas informações genéticas, no entanto, exercerão funções diferentes por conta da expressão gênica. Em outras palavras, cada diferente tipo de célula possui a inibição ou a ativação de determinados grupos de genes, responsáveis por definir a função de cada uma delas.

A expressão gênica controla quatro processos para que a célula inicial origine perfeitamente o embrião. São eles:

Proliferação celular, garantindo que muitas células sejam produzidas;
Especialização celular, permitindo que as células se expressem de forma diferenciada para exercerem suas funções;
Interação entre as células, promovendo a coordenação e comportamento das células em relação às células vizinhas;
Movimentação celular, possibilitando que as células se organizem próximas às células com características em comum para a formação dos tecidos e órgãos.
Após a fecundação, o zigoto, já com aproximadamente 100 células, atinge o estágio de blástula. Nesta fase ocorrerão as primeiras diferenciações: as células que compõem a massa externa da blástula darão origem aos anexos embrionários, enquanto as células da massa interna darão origem a todos os tecidos e órgãos do embrião. Às células da massa interna é dado o nome de células-tronco embrionárias e são classificadas como pluripotentes.

À medida que a especialização celular vai avançando, vão surgindo as primeiras células envolvidas com a formação de tecidos específicos: são as células-tronco multipotentes. Um tecido corresponde a um conjunto de células especializadas, iguais ou diferentes entre si, que realizam determinada função em um organismo.

Num organismo já formado, ocorrerão apenas dois tipos de células: as células tronco multipotentes e as células unipotentes. Estas últimas correspondem a células que já sofreram diferenciação completa, mas que não possuem a capacidade de originar outras células se não as delas. 


PLANOS E EIXOS ANATÔMICOS-SIMETRIAS

Os animais apresentam diferentes formas de simetria corporal, sendo que a grande maioria apresenta simetria bilateral.

A simetria corporal pode ser definida como semelhanças entre as partes externas de um determinado organismo quando elas são separadas por planos reais ou imaginários que passam pelo seu centro. Chamamos de plano de simetria a superfície capaz de dividir o organismo em duas partes.

Um animal pode apresentar simetria radial, bilateral ou não apresentar simetria. Esse último caso não é muito comum, ocorre em poucas espécies, como algumas esponjas.

Como o corpo da estrela-do-mar é organizado em cinco raios, dizemos que a simetria é pentarradial


A simetria radial é aquela em que o corpo do animal pode ser dividido em vários planos dispostos em torno de um eixo longitudinal. Animais com esse tipo de simetria recebem o nome de radiados. Em face dessa característica, não podemos afirmar que eles possuem região dorsal e ventral, lado esquerdo e direito ou cabeça e cauda. Esse grupo é representado pelos cnidários e equinodermos adultos.

A simetria bilateral é aquela em que o animal apresenta duas partes semelhantes, sendo dividido apenas por um único plano de simetria. Os humanos apresentam simetria bilateral, sendo que o lado esquerdo e o direito são a imagem especular um do outro. São exemplos de animais que apresentam essa característica os artrópodes, os platelmintos e larvas de equinodermos.

O homem apresenta simetria bilateral. Percebe-se, portanto, que há apenas um plano capaz de dividir o corpo em metades semelhantes


Alguns animais apresentam o mesmo plano de simetria durante toda a sua vida. Entretanto, alguns apresentam diferenças em seu desenvolvimento. A simetria observada na fase embrionária ou larval recebe o nome de simetria primária, enquanto aquela observada na fase adulta é chamada de simetria secundária. Os equinodermos são exemplos de animais que apresentam diferenças durante sua vida, sendo que, na fase larval, apresentam simetria bilateral; enquanto, na fase adulta, apresentam simetria radial.

Muitos animais com simetria radial são sésseis, ou seja, vivem fixos a substratos e geralmente possuem movimentos leves.

A simetria bilateral foi um grande salto na evolução dos animais, porque graças a disposição do corpo, foram capazes de cavalgar, nadar, cavar, voar ou andar ativamente.