segunda-feira, 10 de março de 2025

Reino Fungi

 Reino Fungi inclui organismos heterotróficos, que podem ser multicelulares ou unicelulares, e que se reproduzem de forma assexuada ou sexuada.



"No Reino Fungi incluem-se os fungos, organismos heterotróficos, multicelulares ou unicelulares, que já foram considerados plantas primitivas. Uma das diferenças entre esses dois grupos está no fato de que as plantas possuem clorofila, uma característica ausente nos fungos. Existem mais de 100.000 espécies de fungos descritas, e especialistas acreditam que mais de 1000 são descobertas a cada ano.

Essas espécies apresentam papel ecológico importante, atuando, por exemplo, com bactérias, no processo de decomposição. Além disso, algumas apresentam grande potencial econômico, e outras são responsáveis por desencadear doenças no nosso corpo. Como representantes conhecidos dos fungos, podemos citar os mofos, bolores e cogumelos.

Característica gerais dos fungos

Os fungos são organismos heterotróficos e eucariontes que podem ser unicelulares ou multicelulares. A grande maioria das espécies é filamentosa, sendo esses filamentos denominados de hifas. Alguns fungos são formados por várias hifas densamente unidas, que formam o chamado micélio. O micélio pode ser observado em cogumelos, por exemplo.

A maioria dos fungos apresenta hifas septadas, ou seja, que são divididas pelos chamados septos. Os septos são paredes transversais perfuradas por um poro que permite a comunicação entre as células, garantindo a passagem até mesmo de organelas celulares.



As hifas que não apresentam esses septos recebem a denominação de asseptadas ou cenocíticas. Nelas o que se observa é um grande citoplasma contínuo com vários núcleos espalhados. Nos fungos parasitas, as hifas são chamadas de haustórios e são capazes de retirar do seu hospedeiro as substâncias necessárias para o desenvolvimento delas.

Como citado, nem todos os fungos são filamentosos, existindo fungos unicelulares, como é o caso das leveduras. Vale destacar que as leveduras, apesar do que muitas pessoas pensam, não são um grupo taxonômico, estando relacionadas apenas com a forma morfológica de crescimento. Existem cerca de 600 espécies de leveduras conhecidas.


As élulas que formam os fungos apresentam paredes celulares ricas em quitina, um tipo de polissacarídeo encontrado também no exoesqueleto de artrópodes. Quando falamos em parede celular, muitas pessoas relacionam-na com a encontrada nas plantas, porém a composição da parede celular dos fungos é diferente da dos vegetais, pois nesses últimos encontramos a presença de celulose."


Nutrição dos fungos

A nutrição dos fungos é heterotrófica, ou seja, eles são organismos incapazes de sintetizar seu próprio alimento. Esses seres vivos, geralmente, liberam enzimas sobre o alimento e depois absorvem os nutrientes de que necessitam. Vale destacar que existem fungos parasitas, espécies que vivem em simbiose, e fungos saprófitos, que vivem de matéria orgânica retirada de seres mortos. Em ambos os casos, a nutrição é do tipo heterotrófica.

Alguns fungos, para produzir a energia de que necessitam, realizam o processo de fermentação. Esse é o caso de algumas leveduras que, por apresentarem essa propriedade, são muito utilizadas economicamente. Nos fungos, o glicogênio é o principal carboidrato de reserva.


Reprodução dos fungos

A reprodução dos fungos ocorre, em sua grande maioria, por meio da formação de esporos, os quais podem ser produzidos de maneira assexuada ou sexuada. Esses esporos ajudam os fungos a espalharem-se pelo ambiente, uma vez que muitos são secos e pequenos, o que os permite ficar suspensos no ar.

Alguns esporos são pegajosos e espalham-se pelo meio, aderindo-se ao corpo de insetos, por exemplo, e há aqueles lançados pelos próprios fungos. Ao encontrarem um local adequado, os esporos germinam e dão origem a um novo fungo.

A reprodução sexuada inicia-se, geralmente, com a atração de hifas que liberam moléculas sinalizadoras sexuais. Essas moléculas atraem as hifas, que, ao encontrarem-se, fundem-se. Quando ocorre a união do citoplasma de dois micélios, temos o processo de plasmogamia. Os núcleos de cada indivíduo não se fundem de imediato em algumas espécies, podendo demorar horas, dias e até meses e anos.

O próximo estágio é a chamada cariogamia, que ocorre quando os núcleos haploides fundem-se. Forma-se aqui o zigoto, que é um estágio diploide. A divisão por meio da meiose restaura a condição haploide, e formam-se os esporos. Percebe-se, portanto, que a reprodução sexuada é composta por três etapas: plasmogamia, cariogamia e meiose.

Na reprodução assexuada, percebe-se também a produção de esporos, entretanto, normalmente observa-se que os fungos filamentosos produzem-nos por mitose. Outra forma de reprodução assexuada observada nos fungos é a por brotamento. Ela pode ser identificada em leveduras, nas quais surge um pequeno broto com base na célula-mãe. As leveduras também podem reproduzir-se por fissão, e alguns fungos podem ainda reproduzir-se assexuadamente pela fragmentação de suas hifas.


Principais grupos de fungos


Existem na literatura científica diferentes propostas para a classificação dos fungos. Apresentaremos, a seguir, a classificação tradicionalmente utilizada e que apresenta a divisão em cinco filos:

Quitrídios (Filo Chytridiomycota): organismos principalmente aquáticos. O micélio é cenocítico. Apresentam esporos flagelados.

Zigomicetos (Filo Zygomycota): possuem hifas, principalmente, cenocíticas. Nesse grupo temos os famosos mofos, que crescem, por exemplo, sobre pães e frutas.

Glomeromicetos (Filo Glomeromycota): fungos micorrízicos. Estima-se que mais de 80% de todas as espécies vegetais apresentam associações mutualísticas com esse tipo de fungo. O micélio apresenta hifas, principalmente, cenocíticas.

Ascomicetos (Filo Ascomycota): fungos com hifas septadas ou unicelulares. Os organismos pertencentes a esse grupo possuem hábitos de vida variados, sendo encontrados nos ambientes aquático e terrestre. Sua estrutura reprodutiva típica são os ascos, que apresentam forma de taça. São considerados o maior grupo de fungos.

Basidiomicetos (Filo Basidiomycota): apresentam hifas septadas. Sua estrutura típica de reprodução são os basídios. Nesse grupo de fungos estão inclusos os cogumelos e o orelha-de-pau.

Importância dos fungos

Os fungos são seres vivos que apresentam muita importância para o meio ambiente e também para os seres humanos. Veja, a seguir, algumas das suas principais ações:

Fungos atuam como decompositores: garantindo a ciclagem no meio. Nesse processo, a matéria orgânica é quebrada, o gás carbônico é liberado, e substâncias importantes, como o nitrogênio, são devolvidas ao ambiente. Apesar de toda a importância da decomposição, frequentemente, essa propriedade dos fungos é responsável por prejuízos aos humanos, pois esses organismos podem atacar diversos produtos, como alimentos, madeira, tintas, tecidos e papéis.

Fungos realizam importantes relações simbióticas: apresentam uma relação mutualística, por exemplo, com raízes de vegetais. Essa relação é chamada de micorriza e ajuda a planta a conseguir minerais de que necessita de maneira mais eficiente. A planta, por sua vez, garante compostos orgânicos para o fungo. Os fungos também podem associar-se com algas verdes ou cianobactérias e formar os chamados líquens. Nessa associação, os organismos fotossintetizantes fornecem os compostos orgânicos de que o fungo necessita, enquanto os fungos fornecem nutrientes minerais e um ambiente propício para o desenvolvimento da alga ou da cianobactéria.

Fungos são utilizados como matéria-prima para produção de medicamentos: apresentam componentes que podem ser usados na fabricação de medicamentos, como é o caso do antibiótico penicilina. Esse antibiótico foi o primeiro utilizado em larga escala, sendo hoje importante no tratamento de sífilis. Outro medicamento produzido com base nos fungos é a ciclosporina, utilizada em pacientes transplantados, a fim de evitar a rejeição do órgão.

Fungos são utilizados como alimento: por realizarem fermentação, algumas espécies de leveduras são utilizadas, por exemplo, na panificação. Os fungos também são usados na indústria do vinho e da cerveja e para garantir sabores e aromas característicos a diversos tipos de queijos. Além disso, muitas espécies são consumidas sem nenhum processamento, como é o caso do champignon.

Fungos podem causar doenças nos seres humanos: algumas delas são a candidíase, o pé de atleta, a onicomicose (infecção que afeta as unhas), a pitiríase versicolor e alguns tipos de pneumonia. Vale salientar ainda que os fungos podem causar doenças em outros animais e até mesmo em plantas.


Fonte:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Reino Fungi"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/fungi.htm. Acesso em 10 de março de 2025



Reino Plantae (Reino Vegetal)

Reino Plantae ou Vegetal é o grupo em que estão todas as plantas — organismos eucariontes, multicelulares e, em sua maioria, fotossintetizantes.


O Reino Plantae ou Reino Vegetal é o grupo em que estão todas as plantas. Plantas são organismos eucariontes e multicelulares e, geralmente, fotossintetizantes. Apesar de muitas pessoas acreditarem que todas as plantas possuem a capacidade de realizar fotossíntese, isso não é verdade, uma vez que podemos encontrar plantas parasitas. 


Na maioria das plantas, observamos a presença de três órgãos vegetais básicos: raiz, caule e folha.  As plantas podem ser classificadas em quatro grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. As flores e frutos são exclusividade das plantas conhecidas como angiospermas.


Resumo sobre o Reino Plantae

As plantas são organismos multicelulares, eucariontes e, na maioria dos casos, fotossintetizantes.

A maioria das plantas apresenta três órgãos principais: raiz, caule e folha.

As plantas apresentam ciclo de vida com alternância de geração.

Podemos dividir as plantas em quatro grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

As briófitas são plantas avasculares.

As pteridófitas são plantas vasculares sem sementes.

As gimnospermas são plantas que apresentam sementes nuas.

As angiospermas são o único grupo de plantas que apresentam flor e fruto.


Características gerais das plantas

As plantas são organismos multicelulares e eucariontes. Suas células diferem-se da célula animal por apresentar organelas denominadas plastídios e vacúolos (também chamados de vacúolo de suco celular ou vacúolo central). Além disso, apresentam parede celular, sendo a celulose o principal componente dessa estrutura.


As plantas são classificadas como organismos autotróficos, uma vez que a grande maioria é capaz de realizar fotossíntese. A exceção são as plantas parasitas, sendo observadas algumas espécies aclorofiladas, portanto, não fotossintetizantes, e que retiram os carboidratos dos quais necessitam de plantas hospedeiras.


De maneira geral, as plantas apresentam três órgãos vegetais básicos: raiz, caule e folha.  A raiz, na maioria das planta, é subterrânea e apresenta como funções principais a fixação da planta ao substrato e a absorção de água e sais minerais.


O caule, por sua vez, atua ligando as raízes às folhas, promovendo a sustentação do vegetal e permitindo que as folhas estejam dispostas de forma a conseguirem maior contato com a luz solar. Vale destacar, no entanto, que tanto as raízes quanto os caules podem assumir outras funções, a depender da planta estudada.


No que diz respeito às folhas, elas apresentam como função principal a realização de fotossíntese, sendo elas os órgãos em que está concentrada a maior quantidade de clorofila.



Ciclo de vida dos vegetais

O ciclo de vida de todas as plantas apresenta alternância de gerações, sendo observadas uma geração multicelular haploide e outra multicelular diploide. A geração multicelular haploide é a fase do gametófito, que produz gametas por mitose. Esses gametas fundem-se (fase sexuada do ciclo) e dão origem à fase de esporófito. A geração produtora de esporos é diploide e produz esporos por meiose (fase assexuada do ciclo).


Nas briófitas e pteridófitas, a fecundação só é possível devido à presença de água, que garante que o gameta flagelado masculino nade até o gameta feminino. Nas gimnospermas e angiospermas, o surgimento de grão de pólen proporciona a independência de água para a reprodução, sendo esse grão levado, por exemplo, pelo vento ou por animais polinizadores. Nas briófitas, os gametófitos são o estágio dominante do ciclo de vida, diferentemente dos outros grupos de plantas que possuem como estágio dominante o esporófito.


As plantas podem também fazer a reprodução vegetativa (reprodução assexuada), sendo esse processo comum em várias espécies delas. Dentre os modos de reprodução vegetativa, podemos citar a reprodução por meio de estolhos ou estolões, caules subterrâneos e folhas.


Classificação das plantas

As plantas podem ser classificadas em quatro grupos básicos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Esses grupos podem ser divididos ainda em plantas vasculares e plantas avasculares. Plantas avasculares são aquelas que não possuem vasos condutores de seiva (xilema e floema), sendo esse o caso das briófitas. As chamadas plantas vasculares, por sua vez, possuem vasos condutores e apresentam como representantes as pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.


As pteridófitas são também chamadas de plantas vasculares sem sementes, uma vez que possuem vasos condutores e são incapazes de produzir sementes. Gimnospermas e angiospermas, por sua vez, são plantas vasculares com sementes. A diferença entre esses dois últimos grupos está no fato de que as gimnospermas apresentam sementes nuas, que não estão envolvidas por frutos, enquanto, nas angiospermas, observamos a presença de flores e frutos.


Veja, a seguir, algumas das características básicas de cada um desses grupos:


Briófitas: são plantas avasculares e que não possuem caule, folhas ou raízes verdadeiras. A presença de flores, sementes e frutos também não é observada. Dependem da água para a reprodução. A fase dominante do seu ciclo de vida é o gametófito. São exemplos de briófitas: musgos, antóceros e hepáticas.


Pteridófitas (plantas vasculares sem sementes): são plantas vasculares que não produzem flores, sementes ou frutos. Possuem raízes, caule e folhas verdadeiras. Dependem da água para a reprodução. A fase dominante do seu ciclo de vida é o esporófito. Como exemplo, temos as samambaias e avencas.


Gimnospermas:  são plantas vasculares que apresentam raízes, caule, folhas e sementes. As sementes são nuas, pois não possuem frutos envolvendo-as. Nessas plantas também não são encontradas flores, sendo a estrutura reprodutiva desse grupo chamada de estróbilo. Devido ao surgimento do tubo polínico, não necessitam de água para a reprodução. A fase dominante do seu ciclo de vida é o esporófito. Como representantes, podemos citar os pinheiros e as araucárias.


Angiospermas: são plantas vasculares que possuem raízes, caule, folhas, sementes, flores e frutos. Não necessitam de água para a reprodução, e a fase dominante do seu ciclo de vida é o esporófito. Nesse grupo temos cerca de 90% de todas as espécies de plantas do planeta. Como representantes, podemos citar as orquídeas, a mangueira, o abacateiro e o ipê.


Reprodução assexuada nas angiospermas

A presença de flores e frutos, nas angiospermas, otimizou a fecundação das plantas e dispersão das sementes que, em outros grupos de plantas, ocorriam primordialmente por meio da ação dos ventos. Tais fatores, juntamente com um sistema eficaz de vasos condutores, permitiram que as angiospermas conquistassem diversos ambientes, representando cerca de 70% de todas as plantas de nosso planeta.

Apesar de essas novas estruturas terem propiciado um grande avanço no que se diz respeito à reprodução sexuada das angiospermas, a reprodução assexuada não deixou de ser importante para esses indivíduos. Além de, geralmente, dar origem a novos indivíduos de forma mais rápida, tal modalidade produz indivíduos de mesmo genótipo, conservando as características da espécie nas novas gerações.

A forma mais comum de reprodução assexuada em plantas é denominada propagação vegetativa. Nela, estruturas como caules e folhas de determinadas plantas formam raízes, dando origem a novos indivíduos. Grama, batata, morangueiro e violeta são alguns exemplos de plantas que podem dar origem a novos indivíduos por meio desse tipo de reprodução assexuada.

A partir desse princípio, podemos desenvolver algumas técnicas de propagação vegetativa que não ocorrem espontaneamente na natureza. São elas:

Estaquia: ramos caulinares contendo gemas laterais são cortados (assim como a gema apical) e são plantados, dando origem a novas plantas.

Mergulhia: partes de ramos são enterradas até que se criem raízes, sendo depois separadas da planta de origem e replantadas.

Alporquia: é feito um pequeno corte em um ramo da planta, que é protegido por terra úmida, envolvida em um recipiente, como saco ou pano. Quando as raízes se desenvolvem, o ramo é retirado e plantado.

Enxertia: uma muda (cavaleiro ou enxerto) é transplantada em outra (cavalo ou porta-enxerto), enraizada.

Cultura de tecidos in vitro: técnica desenvolvida pela engenharia genética, na qual fragmentos de plantas de interesse são esterilizados e cultivados em soluções nutritivas.


Fonte:

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/reino-plantae.htm 

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/reproducao-assexuada-nas-angiospermas.htm

Reino Protista

O reino Protista ou Protoctista não é mais considerado, entretanto o termo protista é ainda utilizado para se referir a organismos que não são plantas, animais ou fungos.



"O reino Protista ou Protoctista é um reino onde estão agrupados organismos eucariontes que não apresentam as características necessárias para que sejam classificados nos reinos Plantae, Animalia ou Fungi. Nesse grupo temos, portanto, uma grande variedade de organismos, incluindo, por exemplo, seres unicelulares, pluricelulares, autotróficos e heterotróficos.


Tendo em vista os sistemas de classificações mais atuais, o reino Protista não é mais considerado, uma vez que seus representantes estão, muitas vezes, mais relacionados com plantas, fungos ou animais do que com outros protistas. O termo protista, no entanto, ainda hoje é usado para se referir a organismos eucariontes que não são plantas, fungos ou animais."


Características gerais dos protistas

Todos os protistas apresentam em comum o fato de serem organismos eucariontes, ou seja, possuem células com núcleo definido e organelas membranosas. Devido à grande variedade de organismos incluídos nesse grupo, outras características gerais são difíceis de ser determinadas. Veja a seguir algumas características observadas em organismos protistas.

A maioria dos protistas é unicelular, porém existem espécies pluricelulares e também coloniais.

Alguns protistas são autotróficos, mas existem também espécies heterotróficas. Vale salientar ainda que alguns protistas são capazes de combinar as duas formas de nutrição, sendo denominados, nesses casos, organismos mixotróficos.

Em algumas espécies, observa-se reprodução sexuada, enquanto em outras a reprodução é assexuada.

Grande parte dos protistas vive em ambientes aquáticos, porém alguns representantes podem viver no solo e até mesmo dentro de outros organismos, como é o caso de alguns protozoários causadores de doenças.

Representantes dos protistas

Os representantes dos protistas costumam ser divididos em dois grupos principais: protozoários e algas. Os protozoários são organismos eucariontes que apresentam nutrição heterotrófica. As algas, por sua vez, apresentam nutrição autotrófica. Vale salientar que atualmente muitos biólogos classificam as algas verdes, juntamente com as briófitas e plantas vasculares, em um grupo denominado plantas verdes ou viridófitas."


Protozoários

Os protozoários, como dito anteriormente, são protistas que não são capazes de produzir seu próprio alimento, ou seja, possuem nutrição heterotrófica. Existem protozoários de vida livre e também organismos parasitas que podem, inclusive, causar doenças nos seres humanos.

Costuma-se dividir tradicionalmente os protozoários com base na sua forma de locomoção. Essa divisão, no entanto, não apresenta valor taxonômico. Vale destacar que as estruturas locomotoras, além de promoverem a locomoção dos protozoários, são utilizadas para conseguir alimentos. Veja abaixo a classificação desses organismos conforme a forma de locomoção."

Protozoários esporozoários: não apresentam estrutura locomotora. Como exemplo de esporozoários, podemos citar o Plasmodium e Toxoplasma gondii, causadores, respectivamente, da malária e toxoplasmose.

Protozoários com pseudópodes: movem-se por meio de pseudópodes, que são prolongamentos citoplasmáticos. Como exemplo, podemos citar as amebas.

Protozoários ciliados: locomovem-se por meio do batimento dos seus cílios. Como exemplo de protozoário ciliado, podemos citar o Paramecium.

Protozoários flagelados: apresentam como estrutura locomotora os flagelos. Como exemplo, podemos citar o Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.

Aqui estão as principais doenças causadas por protozoários, juntamente com o nome do protozoário e o modo de transmissão:

1. Doença de Chagas

   - Protozoário: Trypanosoma cruzi. Transmissão: Picada do inseto barbeiro (*Triatoma spp.*), transfusão de sangue contaminado, ingestão de alimentos contaminados e transmissão congênita (de mãe para filho).

2. Malária

   - Protozoário: Plasmodium spp. (Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale) . Transmissão: Picada do mosquito *Anopheles* infectado.

3. Leishmaniose (Tegumentar e Visceral)

   - Protozoário: *Leishmania* spp. (*L. braziliensis, L. donovani, L. infantum, L. tropica*). Transmissão**: Picada de flebotomíneos (mosquito-palha, *Lutzomyia* spp.).

4.Amebíase  

   - Protozoário: *Entamoeba histolytica*  . Transmissão**: Ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos do protozoário.

5. Giardíase 

   - Protozoário: *Giardia lamblia* . Transmissão**: Ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos do protozoário.

6. Toxoplasmose

   - Protozoário: *Toxoplasma gondii*  . Transmissão**: Ingestão de carne crua ou mal cozida contaminada, contato com fezes de gatos infectados e transmissão congênita.

7. Tricomoníase

   - Protozoário: *Trichomonas vaginalis*  . Transmissão**: Contato sexual desprotegido.


Algas

As algas são organismos aquáticos que se destacam por sua nutrição autotrófica. Podem ser unicelulares ou pluricelulares — nesse último caso, não apresentam diferenciação tecidual. São encontradas tanto em água doce como em água salgada, desempenhando nesses locais um papel ecológico similar ao realizado pelas plantas no ambiente terrestre, constituindo a base da cadeia alimentar (organismos produtores).


Algas microscópicas compõem o chamado fitoplâncton, que se destaca pela grande quantidade de oxigênio produzido. Muitas algas apresentam ainda valor econômico, sendo usadas na alimentação e também na indústria para a fabricação de diferentes itens, como produtos de higiene e beleza.


→ Diatomáceas (crisofíceas)

As diatomáceas são algas unicelulares ou coloniais que apresentam grande abundância nos oceanos, sendo reconhecidas cerca de 10.000 a 12.000 espécies. Vale salientar que há também espécies de água doce. Como característica marcante desses organismos, podemos citar o fato de apresentarem uma parede celular que consiste em duas valvas, que se encaixam como uma placa de Petri. Essas paredes são chamadas de frústulas e apresentam sílica em sua composição."




→ Euglenoides

As algas euglenoides são flageladas e habitam principalmente água doce. A maioria é unicelular, com exceção do gênero Colacium, que é colonial. Existem cerca de 800 a 1.000 espécies, sendo que algumas apresentam nutrição mixotrófica, realizando fotossíntese na presença de luz e nutrição heterotrófica quando na ausência desse fator.


→ Algas douradas

As algas douradas apresentam carotenoides (fucoxantina), que são responsáveis pela sua coloração típica. Em geral, apresentam dois flagelos. A maioria das algas douradas é unicelular, mas algumas são coloniais. Apresentam cerca de 1.000 espécies distintas, que são predominantemente de água doce.


→ Algas pardas (feofíceas)

As algas pardas são pluricelulares, apresentando um corpo vegetativo simples e indiferenciado (talo). Devido à presença de carotenoides (fucoxantina), apresentam coloração amarronzada. Existem cerca de 1.500 espécies, e quase todos os representantes são marinhos. Apresentam tamanho variado: algumas são muito pequenas, mas outras podem atingir metros de comprimento — os kelps, por exemplo, podem atingir mais de 30 metros de comprimento. Possuem importância econômica, sendo utilizadas na alimentação.


→ Algas vermelhas

São predominantemente marinhas e apresentam poucos representantes unicelulares. A cor característica dessas algas se deve à presença de ficobilinas, que mascaram a cor da clorofila. São reconhecidas cerca de 6.000 espécies de algas vermelhas."



→  Dinoflagelados (pirrofíceas)

Os dinoflagelados, em sua maioria, são organismos unicelulares com dois flagelos; outros são imóveis, porém produzem células reprodutivas flageladas. É possível observar nos dinoflagelados a presença de um flagelo situado em um sulco, como se fosse um cinto ao redor da alga, e outro flagelo em um sulco perpendicular a este. Esses dois flagelos, ao se moverem, fazem com que o dinoflagelado gire. Muitas espécies são marinhas, porém há também espécies de água doce. Existem cerca de 4000 espécies de dinoflagelados."


"Os dinoflagelados, quando se reproduzem exageradamente, provocam um fenômeno conhecido como maré vermelha. Devido à presença dos pigmentos carotenoides nesse tipo de alga, sua proliferação excessiva faz com que a água adquira uma coloração avermelhada. Vale salientar que o problema da maré vermelha não é apenas a alteração da cor da água. Em virtude da produção de toxinas por certas espécies, o aumento de dinoflagelados podem provocar a morte de animais que vivem no local, como peixes.  Além da maré vermelha, muitos dinoflagelados são conhecidos por sua capacidade bioluminescente.


Fonte:

 SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Reino Protista ou Protoctista"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/protista.htm. Acesso em 10 de março de 2025.